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Governança Corporativa: Caminho para a Sustentabilidade e Competitividade Empresarial

  • lucas9408
  • Feb 7, 2024
  • 2 min read

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No comércio interno e no comércio exterior, existe um princípio fundamental: o vendedor deve atender às expectativas do comprador. Em ambos os casos, é crucial garantir a segurança de receber o que é devido – seja tanto o produto ou o serviço vendido, quanto o pagamento correspondente.


Nos anos 1980, Monks alertava as empresas sobre a necessidade de OTIMIZAR OS RESULTADOS para evitar a perda de competitividade e, principalmente, de valor de mercado.


Em 1992, o Relatório Cadbury enfatizou a importância da PRESTAÇÃO DE CONTAS e da TRANSPARÊNCIA como práticas fundamentais para o desenvolvimento sustentável e a longevidade das empresas.

 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) propôs a criação de um conjunto de normas e diretrizes de governança corporativa, culminando na publicação dos PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA em maio de 1999. Este documento destacou que:


  • Não existe um modelo único de Governança;

  • Os sistemas de Governança são dinâmicos;

  • Os Princípios de Governança são evolutivos e devem ser revisados periodicamente para assegurar sua eficácia.


 

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) adotou PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA que norteiam as MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA, incluindo:


  • Integridade;

  • Transparência;

  • Responsabilização;

  • Equidade e

  • Sustentabilidade.


 

As práticas de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) tornaram-se um padrão internacional, levando até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) a estabelecer 17 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

 

Portanto, os compradores das principais economias desenvolvidas buscam fornecedores que adotem as melhores práticas de GOVERNANÇA e que se comprometam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, conforme sua área de atuação.

 

A caráter de exemplo, condições de trabalho análogas à escravidão, como jornadas exaustivas, sujeição a condições degradantes ou insalubres, além do trabalho infantil, são hoje inaceitáveis em qualquer ambiente profissional e há um esforço constante das esferas pública e privada para sua erradicação.

 

Ao mesmo tempo, vemos que produtos orgânicos são cada vez mais valorizados e a rastreabilidade é frequentemente exigida como condição para a compra e como critério para a negociação de preços.

 

Da mesma forma, esses mercados valorizam empresas com um Sistema de Governança eficiente e íntegro, caracterizado por transparência, regras de responsabilização e sucessão, Conselhos com membros independentes e a adoção de práticas sustentáveis, tanto ambientais quanto financeiras, incluindo a gestão de riscos.

 

É claro que os Sistemas de Governança devem ser adaptados ao perfil da empresa – complexos para corporações e simplificados para pequenas empresas, desde que assegurem a adoção das melhores práticas.

 

Uma Governança eficaz pode abrir mercados, satisfazendo as expectativas dos compradores e garantindo a segurança de ambas as partes quanto ao cumprimento das obrigações: a entrega do produto ou serviço vendido e o recebimento do pagamento nas condições acordadas.

 

A percepção leiga é de que a implementação de um Sistema de Governança é necessariamente onerosa. Contudo, na realidade, representa um investimento valioso, pois facilita o acesso a mercados mais avançados e sofisticados - e que pagam por isto. A implementação de um sistema de Governança não deve ser rígida ou copiada; ela deve ser individualizada , envolvendo um diálogo contínuo com os sócios e ou administradores, pois grande parte do sistema será desenvolvido coletivamente, dentro da própria Empresa ou Instituição.

 
 
 

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